POR LUÍS DA CÂMARA
CASCUDO
Tenente-Coronel da Guarda Nacional JOSÉ VILAR DA COSTA,
natural de Natal, Estado do Rio Grande do Norte, nascido em 29 de setembro de
1820. Foi Deputado Provincial nos
biênios 1860- 1861, 1862-1863 e 1864-1865, foi convocado pelo Exército no
início da Guerra do Paraguai. Partiu do Porto de Natal no dia 9 de junho de
1865 com o 1º Batalhão de “Voluntários da Pátria” - constituído exclusivamente
por norte-rio-grandenses -, na qualidade de seu comandante, com destino ao Rio
Grande do Sul e escala no Rio de Janeiro. Era Presidente da Província, então,
Olinto Meira (V. “MEIRA, Olinto José”, Século XIX), que fez uma saudação assim
mencionada por Câmara Cascudo: (...) animador na sua energia irradiante,
salientou o fato emocional dessa participação imediata ao apelo da Pátria
invadida pelos paraguaios. E o Batalhão, fardado de novo, entusiasta, olhava a
bandeira como um juramento vivo (O Livro das Velhas Figuras, Vol. I, p. 82).
Por atos de bravura foi condecorado pelo Imperador. Depois da rendição de
Uruguaiana o Batalhão foi desmobilizado e os norte-rio-grandenses que o
compunham passaram a servir ao Exército em diversas Províncias. Regressando a
Natal, Vilar seria eleito Deputado em mais dois biênios (1876-1877 e
1886-1887). Faleceu em Canguaretama, em 11 de fevereiro de 1895.
No dia 9 de junho de 1865 partiu de Natal o primeiro
contingente de voluntários da Pátria, constituído em Batalhão, unicamente de
norte-rio-grandense dos municípios mais próximos à capital, os municípios do
agreste
O Presidente da Província, Olínto José Meira, animador na sua
energia irradiante, salientou o fato emocional dessa participação imediata ao
apelo da Pátria, invadida pelos paraguaios. E o Batalhão, fardado de novo,
olhava a bandeira como num juramento vivo.
O comandante desse Batalhão era o coronel da Guarda Nacional
José da Costa Vilar, homem de quarenta e cinco anos, ágil e robusto, cheio de
alegria e de vontade. Era Deputado Provincial pela terceira vez, eleito pelo
Partido Conservador.
O Batalhão de Voluntários partiu sob o comando de Costa
Vilar. O secretário era o alferes Ponciano Barreto Ferreira Souto e o Fiscal
Vicente Ferreira Lima.
Chegaram ao Rio de Janeiro e seguiram para o Rio Grande do
Sul. O Batalhão foi dissolvido, depois da rendição de Uruguaiana, indo os
norte-rio-grandenses servirem várias unidades do Exército
O tenente coronel José da Costa Vilar regressou. O Imperador
Pedro II condecorara-o. Residia em Canguaretama onde comandava eleitores e
possuía terras de canaviais
Fora Deputado Provincial nos biênios de 1860-61, 62-63,
64-65. Voltou outras duas vezes à Assembléia Legislativa em 1876-77 e 1886-87.
Vice-Presidente da Assembléia em 1861.
Lembro esse velho norte-rio-grandense, lavrador, patriota,
servidor de sua gente sabendo-a defender na guerra e na paz.
Faleceu em Canguaretama em 11 de fevereiro de 1895. Tinha
setenta e cinco anos.
FONTE - CÃMARA CASCUDO, Luís da. Uma História da
Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte. Natal-RN, Fundação José Augusto,
1972. (págs. 398- 399)