terça-feira, 10 de outubro de 2023

JOSÉ DA COSTA VILAR

 


POR LUÍS DA CÂMARA CASCUDO

Tenente-Coronel da Guarda Nacional JOSÉ VILAR DA COSTA, natural de Natal, Estado do Rio Grande do Norte, nascido em 29 de setembro de 1820. Foi  Deputado Provincial nos biênios 1860- 1861, 1862-1863 e 1864-1865, foi convocado pelo Exército no início da Guerra do Paraguai. Partiu do Porto de Natal no dia 9 de junho de 1865 com o 1º Batalhão de “Voluntários da Pátria” - constituído exclusivamente por norte-rio-grandenses -, na qualidade de seu comandante, com destino ao Rio Grande do Sul e escala no Rio de Janeiro. Era Presidente da Província, então, Olinto Meira (V. “MEIRA, Olinto José”, Século XIX), que fez uma saudação assim mencionada por Câmara Cascudo: (...) animador na sua energia irradiante, salientou o fato emocional dessa participação imediata ao apelo da Pátria invadida pelos paraguaios. E o Batalhão, fardado de novo, entusiasta, olhava a bandeira como um juramento vivo (O Livro das Velhas Figuras, Vol. I, p. 82). Por atos de bravura foi condecorado pelo Imperador. Depois da rendição de Uruguaiana o Batalhão foi desmobilizado e os norte-rio-grandenses que o compunham passaram a servir ao Exército em diversas Províncias. Regressando a Natal, Vilar seria eleito Deputado em mais dois biênios (1876-1877 e 1886-1887). Faleceu em Canguaretama, em 11 de fevereiro de 1895.

No dia 9 de junho de 1865 partiu de Natal o primeiro contingente de voluntários da Pátria, constituído em Batalhão, unicamente de norte-rio-grandense dos municípios mais próximos à capital, os municípios do agreste

O Presidente da Província, Olínto José Meira, animador na sua energia irradiante, salientou o fato emocional dessa participação imediata ao apelo da Pátria, invadida pelos paraguaios. E o Batalhão, fardado de novo, olhava a bandeira como num juramento vivo.

O comandante desse Batalhão era o coronel da Guarda Nacional José da Costa Vilar, homem de quarenta e cinco anos, ágil e robusto, cheio de alegria e de vontade. Era Deputado Provincial pela terceira vez, eleito pelo Partido Conservador.

O Batalhão de Voluntários partiu sob o comando de Costa Vilar. O secretário era o alferes Ponciano Barreto Ferreira Souto e o Fiscal Vicente Ferreira Lima.

Chegaram ao Rio de Janeiro e seguiram para o Rio Grande do Sul. O Batalhão foi dissolvido, depois da rendição de Uruguaiana, indo os norte-rio-grandenses servirem várias unidades do Exército

O tenente coronel José da Costa Vilar regressou. O Imperador Pedro II condecorara-o. Residia em Canguaretama onde comandava eleitores e possuía terras de canaviais

Fora Deputado Provincial nos biênios de 1860-61, 62-63, 64-65. Voltou outras duas vezes à Assembléia Legislativa em 1876-77 e 1886-87. Vice-Presidente da Assembléia em 1861.

Lembro esse velho norte-rio-grandense, lavrador, patriota, servidor de sua gente sabendo-a defender na guerra e na paz.

Faleceu em Canguaretama em 11 de fevereiro de 1895. Tinha setenta e cinco anos.

FONTE - CÃMARA CASCUDO, Luís da. Uma História da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte. Natal-RN, Fundação José Augusto, 1972. (págs. 398- 399)

JOSÉ DA COSTA VILAR

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